A análise da quebra de sigilo telefônico do lobista Milton Lyra é apontada pela Procuradoria-Geral da República como um dos “robustos indícios” de pagamento de suposta propina de R$ 1 milhão ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), apontado como codinome “Justiça” nos sistemas da Odebrecht.
Em depoimentos, Milton Lyra e Fábio Brito Matos negaram o recebimento de valores. O inquérito no STF apura o suposto pagamento de propina da Odebrecht para a aprovação do projeto de Resolução do Senado (PRS) n° 72, que diminuiu a alíquota do ICMS importação dos Estados, reduzindo, assim, o incentivo fiscal aos produtos importados, medida de interesse da empreiteira.
A PGR avalia que é imprescindível a análise detalhada desses registros telefônicos a fim de atestar a tese investigativa. A Lava Jato sustenta que ainda “há necessidade de aprofundamento da investigação sobre o caminho percorrido pela vantagem indevida intermediada por Matos e lYRA e posteriormente paga ao senador”.