"Quem conhece Bolsonaro não vota em Bolsonaro", escreve deputado em 'manifesto' "Quem conhece Bolsonaro não vota em Bolsonaro", escreve deputado em 'manifesto'
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“Quem conhece Bolsonaro não vota em Bolsonaro”, escreve deputado em ‘manifesto’

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 12.10.2018 16:30 comentários
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“Quem conhece Bolsonaro não vota em Bolsonaro”, escreve deputado em ‘manifesto’

Derrotado na disputa ao Senado em Pernambuco -- ficou em quinto lugar, com 10,23% dos votos válidos --, o deputado federal Silvio Costa, do Avante, divulgou um "manifesto" contra Jair Bolsonaro. Ele chama o candidato do PSL ao Planalto de "grande marqueteiro", que "percebeu claramente que existe uma plateia" para aplaudi-lo...

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3 minutos de leitura 12.10.2018 16:30 comentários 0

Derrotado na disputa ao Senado em Pernambuco — ficou em quinto lugar, com 10,23% dos votos válidos –, o deputado federal Silvio Costa, do Avante, divulgou um “manifesto” contra Jair Bolsonaro.

Ele chama o candidato do PSL ao Planalto de “grande marqueteiro”, que “percebeu claramente que existe uma plateia” para aplaudi-lo.

E acusa os colegas de Parlamento que estão apoiando Bolsonaro de serem “os eternos governistas de plantão”.

A íntegra:

“Há doze anos conheço Jair Bolsonaro. Quem conhece Bolsonaro não vota em Bolsonaro. O homem que, por enquanto, está liderando as pesquisas, na verdade é um grande marqueteiro. Um político que se apropriou de algumas frases de efeito do tipo ‘bandido bom é bandido morto’, frases que têm ressonância em uma grande parcela da população brasileira, em razão da violência que tem assustado o País.

Em três mandatos de convivência na Câmara Federal, nunca vi Bolsonaro participar de debates sobre a educação, saúde, orçamento público, meio- ambiente, geração de empregos, enfim, nunca ouvi nenhuma fala de Bolsonaro sobre qualquer assunto de interesse da economia brasileira e da gestão pública responsável.

Já presenciei, por diversas vezes, o marqueteiro Bolsonaro agredir as minorias, defender a diminuição da maioridade penal, defender a indústria das armas e, sobretudo, decorar e falar frases de efeito como aquela em que homenageou o coronel Brilhante Ustra, um torturador, no dia do impeachment da presidente Dilma.

Reconheço que Bolsonaro sempre soube onde queria chegar. Ele percebeu claramente que existe uma plateia que aplaude estes arroubos.

Bolsonaro se apresenta como o ‘senhor solução’, com propostas simplistas e ameaçadoras.

É evidente que respeito o direito de escolha das pessoas, o voto livre e soberano, entretanto tenho o dever, como cidadão e como parlamentar, de alertar que – se eleito presidente -, Bolsonaro será, tenham certeza, o ‘senhor decepção’.

Bolsonaro sempre foi um parlamentar isolado, dificilmente recebia atenção de algum colega parlamentar. Nunca teve liderança, capacidade de articulação e poder de influência. Esta semana, no plenário, fiquei impressionado com a quantidade de deputados que já apoiam Bolsonaro. Os que não se reelegeram estão atrás de emprego e os que se reelegeram e conhecem Bolsonaro sabem que estão prestando um desserviço ao País, mas já estão preocupados com a velha política do ‘é dando que se recebe’. São os eternos governistas de plantão.

Não tenho respeito por um parlamentar que conhece Bolsonaro, conviveu com Bolsonaro e vota em Bolsonaro.

Ratifico que respeito os eleitores e eleitoras de Bolsonaro, aliás é o meu dever constitucional respeitar o contraditório. Infelizmente, Bolsonaro não tem militantes, tem adeptos. Falando inverdades, lamentavelmente ele conseguiu chegar ao coração de milhões de homens e mulheres do Brasil.

Quando Bolsonaro diz que vai dar uma arma a todo brasileiro e brasileira, ele está mentindo. Bolsonaro sabe que essa decisão não depende do presidente da República e sim do Congresso Nacional. Torço para que o Brasil reflita e não eleja Bolsonaro, não cometa esse erro histórico. Mas, se essa for a decisão majoritária do povo brasileiro, temos que desarmar os palanques e cuidar da pacificação do País. Temos que cuidar do nosso bem mais precioso: a democracia.”

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