De Gilmar Mendes, em entrevista ao jornal Expresso, de Portugal, também divulgada por ele no Twitter neste dia seguinte à prisão de Lula:

“No Brasil, as pessoas vivem uma sede de vingança, comemorando as prisões de qualquer político e se houver abusos tanto faz, acham que foi um ‘pequeno erro’. É esse o sistema do chamado Partido da Justiça: se alguém tem prisão provisória pedida é porque é culpado. Há um maniqueísmo muito forte e temos de temperar esse ambiente e dizer quais são os limites. Conceder um habeas corpus hoje é muito difícil para a própria justiça, porque é altamente impopular. As próprias garantias constitucionais gerais são mal vistas. Isto é o ovo da serpente. Temos de tentar manter um mínimo de racionalidade.”

Gilmar Mendes não tem a menor dificuldade de conceder ou votar a favor de habeas corpus.

E, assim como Marco Aurélio Mello, acusa a população de irracionalidade para posar de ministro que só toma decisões técnicas, não políticas.

Contem outra, senhores.

CRÔNICA ANTAGONISTA: As barbaridades lulistas de Marco Aurélio Mello e Ivan Valente