Saiba como governo brasileiro negociou a Covaxin Saiba como governo brasileiro negociou a Covaxin
O Antagonista

Saiba como governo brasileiro negociou a Covaxin

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 23.06.2021 17:32 comentários
Brasil

Saiba como governo brasileiro negociou a Covaxin

A Covaxin é a vacina contra a Covid mais cara das contratadas pelo Ministério da Saúde. O extrato de dispensa de licitação foi publicado no Diário Oficial em fevereiro, no valor de mais de R$ 1,6 bilhão, o que dá R$ 80,70 por dose – o governo pretende importar 20 milhões de doses..

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 23.06.2021 17:32 comentários 0
Saiba como governo brasileiro negociou a Covaxin
Foto: Alan Santos/PR

A Covaxin é a vacina contra a Covid mais cara das contratadas pelo Ministério da Saúde.

O extrato de dispensa de licitação foi publicado no Diário Oficial em fevereiro, no valor de mais de R$ 1,6 bilhão, o que dá R$ 80,70 por dose – o governo pretende importar 20 milhões de doses.

Entenda os elementos que mais chamam a atenção na compra da Covaxin

1. O preço

A vacina indiana é bem mais cara do que as outras.

Aqui vamos compará-la apenas com as vacinas da Pfizer e da Janssen, porque também são vacinas importadas prontas – ou seja, são vacinas importadas já em condições de uso; não se trata de IFA, como é o caso da Coronavac (envasada pelo Butantan) e da vacina da AstraZeneca (envasada pela Fiocruz).

Enquanto a Covaxin foi contrada a R$80,70 a dose, a vacina da Pfizer vai sair R$ 56,30 a dose no primeiro contrato. A vacina da Janssen foi adquirida pelo mesmo valor, com a vantagem de ser em dose única.

Mesmo no 2º contrato da Pfizer, que é quase R$ 1 bilhão mais caro, as doses vão custar R$ 66 cada, o que ainda é mais barato do que a vacina indiana.

2. O timing

A Covaxin foi negociada em tempo recorde, e contratada antes de outras vacinas importantes.

Foi a 3ª vacina contratada pelo governo federal, depois do imunizante da AstraZeneca e da Coronavac.

O contrato foi fechado em 25 de fevereiro. Contratos com Pfizer e Janssen só foram assinados em março, no fim da gestão Pazuello.

3. As regras

A Covaxin foi contratada antes de receber autorização da Anvisa – até aí, nada demais.

Mas ela não recebeu registro (como as vacinas da Pfizer e AstraZeneca) nem autorização para uso emergencial (como Coronavac e a vacina da Janssen).

Em vez disso, a Covaxin recebeu da Anvisa autorização para importação excepcional, que na prática equivale ao uso emergencial, mas é uma regra nova.

A nova modalidade foi criada pela Lei nº 14.124, que teve origem em uma Medida Provisória assinada pelo presidente Bolsonaro em janeiro.

O primeiro pedido de importação, feito pelo Ministério da Saúde, foi rejeitado pela Anvisa no fim de março.

No começo de junho, a Anvisa autorizou uma 2ª tentativa, mas cheia de condicionantes. Limitou a importação da Covaxin ao suficiente para aplicação em 1% da população brasileira – ou seja, 4 milhões de doses, para 2 milhões de pessoas. O ministério queria importar 20 milhões de doses.

4. O fornecedor

Nas outras compras de vacinas, o Ministério da Saúde fechou com o fornecedor diretamente: Janssen, Pfizer, etc. No caso da Coronavac, o contrato é com o Butantan, que envasa a vacina a partir do IFA importado da China.

Mas no caso da Covaxin, o ministério assinou com a Precisa Medicamentos, representante brasileira da indiana Bharat Biotech, em vez de assinar diretamente com a Bharat. Ao contrário do Butantan e da Fiocruz, a Precisa não vai envasar IFA importado; as vacinas seriam trazidas prontas.

Leia também: A cronologia do imbróglio da Covaxin

Esportes

Brasileirão terá 1° partida com arbitragem 100% feminina

26.04.2024 22:30 2 minutos de leitura
Visualizar

Fux pede vista em julgamento sobre desoneração

Visualizar

Reunião entre organizada do Corinthians e direção tem promessa de apoio e "Fagner irresponsável"

Visualizar

Rodolfo Borges na Crusoé: A inteligência artificial mente

Visualizar

Ilha de Cultura: Uma educação argentina e brasileira, com Fabio Giambiagi

Visualizar

Alexandre Soares na Crusoé: O mundo woke, por trás das câmeras

Visualizar

Tags relacionadas

Bharat Biotech Covaxin Ministério da Saúde Precisa Medicamentos
< Notícia Anterior

Após demissão, Salles diz que houve tentativa de criminalizar suas medidas

23.06.2021 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Mourão diz que faltou "princípio de liderança" ao governo durante pandemia

23.06.2021 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Fux pede vista em julgamento sobre desoneração

Fux pede vista em julgamento sobre desoneração

26.04.2024 21:52 4 minutos de leitura
Visualizar notícia
José Santa Cruz, ex-Zorra Total, morre aos 95 anos

José Santa Cruz, ex-Zorra Total, morre aos 95 anos

26.04.2024 20:39 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Onda de calor no Sudeste pode bater 40ºC

Onda de calor no Sudeste pode bater 40ºC

26.04.2024 20:35 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Brasil prestes a bater 4 milhões de casos de dengue

Brasil prestes a bater 4 milhões de casos de dengue

26.04.2024 20:06 2 minutos de leitura
Visualizar notícia

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.