Pauderney Avelino, secretário-geral do DEM, disse a O Antagonista lamentar a postura de Rodrigo Maia, que está de saída do partido.

“Eu, sinceramente, lamento. Nós construímos, ao longo do tempo, uma relação partidária e de amizade. Fizemos juntos resistência ao governo do PT. O Rodrigo foi muito importante para o país e para o partido, mas isso não dá a ele o direito de fazer o que está fazendo. Sair atirando não é uma forma adequada.”

Perguntamos a Avelino o que, no entender dele, fez Maia tomar a decisão de sair do DEM.

“Ele não teve condições de construir uma candidatura vitoriosa com o Baleia Rossi. Óbvio que isso teve consequências.”

O secretário-geral também defende que a sigla conseguirá manter “independência” em relação ao governo de Jair Bolsonaro.

“O partido sempre se manteve com independência. Mesmo porque os integrantes do partido que compõem o governo foram chamados pelo Bolsonaro, não foram indicação do partido. E isso vai continuar, o partido não vai indicar ministros.”

Também quisemos saber a opinião de Avelino sobre a possibilidade de o DEM apoiar a reeleição de Bolsonaro em 2022.

“Eu acho que, neste momento, temos que estar muito mais preocupados com a saúde da população, em vacinar as pessoas. Vai chegar o momento de falarmos de política.”