

O subprocurador Carlos Vilhena pediu o Ministério Público de São Paulo para investigar os ex-policiais Evandro Guedes e Norberto Florindo, instrutores da AlfaCon, escola preparatória para concursos de polícia que chegou a receber uma propaganda de Jair Bolsonaro.
Em videoaulas que circularam nas redes neste ano, Evandro admite que deu “porrada em todo mundo: homens, mulheres, crianças, velhos e adolescentes”. Em outra classe, Norberto também diz que “quando eu entrava chacinando eu matava todo mundo: mãe, filho, bebê, foda-se!”.
Norberto também ensinava como torturar (“tortura é pontual, curto, direto e reto”) e a “socorrer” bandidos (“com esta mão, você vai tampar o nariz e, com esta, a boca”).
Para Vilhena, que é procurador federal dos direitos do cidadão, tratam-se de instruções para violar gravemente direitos humanos e configuram incitação ao crime e apologia de crime ou criminoso, cada um com pena de detenção, de três a seis meses, ou multa.
“A peculiaridade de os discursos terem sido proferidos no contexto de preparação de candidatos para concursos públicos voltados ao provimento de cargos e funções nas instituições policiais agrava o potencial de concretização das violações incitadas, em razão do comprovado aumento da letalidade policial em nosso país”, afirmou Vilhena no pedido enviado ao MP-SP.
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