

A Força Nacional do SUS, formada por profissionais de saúde voluntários para socorrer vítimas de calamidades, relatou, a cada dia, a escalada no colapso da rede hospitalar de Manaus, na semana passada.
Os relatórios, revelados pela Folha e mostrados hoje no Jornal Nacional, confirmam que, 10 dias antes da crise no abastecimento de oxigênio, o Ministério da Saúde sabia dos problemas.
No dia 4, a pasta já havia identificado falta de luvas, oxigênio e medicamentos. No dia 7, a Força Nacional relata dificuldade para aquisição de insumos. No dia 8, informou colapso nos hospitais e falta da rede de oxigênio.
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No Hospital 28 de Agosto, foi registrada falta de oxímetro, o que dificultava a análise clínica dos pacientes. “Os profissionais de saúde estão desacreditados e desestimulados, devido à alta demanda, e pouca resolutividade”, diz o relatório.
No dia 9, a Força Nacional do SUS narra que “estão preferindo não medir a saturação dos pacientes na sala rosa 1, pois, ao medir, vários pacientes precisarão de oxigênio e não terão como suprir a demanda”.
“Os médicos estão decidindo quais pacientes entubar, quais ficarão no cuidado paliativo, quais pacientes podem ficar sem suporte semi-intensivo, ou na sala vermelha entubados”, diz outro trecho.
No dia 11, quando Eduardo Pazuello já estava em Manaus, os voluntários informaram:
“Rede colapsada no município; rh ativo [profissionais] em exaustão nos hospitais, alas clínicas com superlotação, fornecimento do oxigênio em reserva em todos os hospitais da rede […] necessidade de transporte de oxigênio por via aérea, terrestre e fluvial.”
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