Ontem, diante do vídeo no qual Jair Bolsonaro decretava o fim do Renda Brasil, deputados defenderam o avanço dos debates em torno de uma PEC e de um projeto de lei que tentam aperfeiçoar o Bolsa Família.

Mais cedo, antes de o presidente autorizar que o Renda Brasil seja discutido no Congresso, a deputada Tabata Amaral havia dito a O Antagonista:

“Não podemos suspender a discussão sobre a renda básica e lamentamos que essa seja a postura do governo. Ainda no ano passado, como parte da Agenda Social da Câmara, apresentamos uma PEC e um PL, de minha autoria e da autoria de dezenas de parlamentares, para assegurar o direito à renda na Constituição e para ampliar o principal programa nesse sentido no Brasil, o Bolsa Família, que segue há anos desatualizado.”

A deputada acrescentou:

“Não podemos abrir mão de um debate amplo sobre a renda básica permanente, mas essa pode ser sim uma oportunidade para tornar o Bolsa Família uma política de Estado, mais moderno e atualizado. Vamos continuar lutando por todos os caminhos possíveis pelo direito a uma vida digna para o povo brasileiro.”

O projeto em questão reajusta os valores do benefício do Bolsa Família, adiciona um benefício para a primeira infância e atualiza as definições de pobreza e extrema pobreza para algo mais próximo dos parâmetros internacionais do Banco Mundial. Já a PEC sobre o tema torna a garantia de renda uma política de Estado.

Ambos os projetos têm como signatários parlamentares de mais de 20 partidos.