Tebet, Vieira e Eliziane, os independentes da CPI; Confira Tebet, Vieira e Eliziane, os independentes da CPI; Confira
O Antagonista

Tebet, Vieira e Eliziane, os independentes da CPI

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 28.12.2021 14:00 comentários
Brasil

Tebet, Vieira e Eliziane, os independentes da CPI

Como não poderia deixar de ser, a CPI da Covid foi uma grande vitrine para senadores, interessados direta ou indiretamente em 2022. Mas, entre eles, houve aqueles que a souberam usar de forma legítima e independente, ao contrário dos oportunistas de sempre. Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Simone Tebet (MDB) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), que não tinham vaga entre os titulares, foram fundamentais, ao longo das investigações, para desvendar alguns dos pontos mais nebulosos dos escândalos de corrupção envolvendo o governo...  

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 28.12.2021 14:00 comentários 0
Tebet, Vieira e Eliziane, os independentes da CPI
Foto: Roberto Castello e Jefferson Rudy/Agência Senado

Como não poderia deixar de ser, a CPI da Covid foi uma grande vitrine para senadores, interessados direta ou indiretamente em 2022. Mas, entre eles, houve aqueles que a souberam usar de forma legítima e independente, ao contrário dos oportunistas de sempre.

Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Simone Tebet (MDB) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), que não tinham vaga entre os titulares, foram fundamentais, ao longo das investigações, para desvendar alguns dos pontos mais nebulosos dos escândalos de corrupção envolvendo o governo.

Em abril, o número diário de mortes por Covid subia diariamente, enquanto Rodrigo Pacheco continuava sentado sobre o requerimento apresentado por Randolfe Rodrigues para instalar uma CPI para investigar os crimes cometidos pelo governo federal durante a pandemia.

Alessandro Vieira e o senador Kajuru entraram, então, com uma ação no STF,  para que a Corte determinasse a instauração da comissão. O ministro Luís Roberto Barroso acatou o pedido, em obediência à Constituição e ao regimento interno do Senado, e a CPI foi finalmente instalada.

Em meio à disputa do governo e da oposição por um assento na comissão, Vieira conseguiu apenas uma vaga de suplente.

Tebet e Eliziane ficaram de fora. Com 11 titulares e 7 suplentes, os partidos não escolheram nenhuma mulher para compor o grupo. A ausência foi motivo de embates em uma das primeiras sessões.

As senadoras levantaram uma discussão sobre gênero, defendendo que deveriam ter o direito à palavra nos mesmos parâmetros que os demais integrantes da comissão. Senadores governistas se irritaram com o questionamento, mas o presidente da CPI, Omar Aziz, acabou consentindo com o pedido.

Com o transcorrer das sessões, Tebet, Eliziane e as demais componentes da bancada feminina se tornaram unanimidades, contribuindo com clareza nas suas intervenções,  perguntas fundamentais durante os depoimentos e falas contundentes.

O mesmo ocorreu com Vieira, que se destacou por sua experiência como delegado de polícia. O senador demonstrou ser muito mais objetivo e preciso em seus questionamentos do que o relator Renan Calheiros, que muitas vezes fugia do cerne das suspeitas, mas que conquistou os holofotes ao passar informações para jornalistas escolhidos a dedo.

A habilidade dos senadores independentes ficou ainda mais evidente quando a CPI começou a se debruçar sobre suspeitas de corrupção na compra de imunizantes.

Em junho, o deputado Luis Miranda afirmou, com exclusividade a O Antagonista, que Jair Bolsonaro foi informado sobre as irregularidades no contrato da Covaxin. A denúncia fez com que ele fosse convocado a depor, diante das suspeitas de que o presidente havia prevaricado.

Durante toda a sessão, Miranda dizia que Bolsonaro, ao ser comunicado, teria mencionado o nome de um parlamentar que estaria ligado ao escândalo. O depoente se recusava a dizer quem era.

Nesse contexto, depois de horas de oitiva, Vieira fez criticou a postura de Miranda e afirmou que ele não tinha coragem suficiente para dizer o nome do deputado Ricardo Barros.

O senhor não está tendo a coragem de falar o nome de Ricardo Barros. Claramente, está lhe faltando coragem. É a figura que é referida em todos os corredores quando se fala desse caso. Está é a oportunidade para que o senhor exercite, de fato, a coragem que o senhor propala na internet.”

Na sequência, depois de uma intervenção de Simone Tebet, Miranda finalmente admitiu que Bolsonaro havia citado o nome de Barros.

O desempenho dos senadores independentes na CPI aumentou os rumores de que eles pudessem se lançar candidatos à presidência da República em 2022. Tebet, que já conversava com nomes cotados para compor a terceira via, ganhou apoio de alguns setores do MDB.

Em julho, o presidente do partido, Baleia Rossi, admitiu que a senadora era um bom nome para a eleição presidencial e, em dezembro, a sua pré-candidatura foi formalizada.

O nome de Vieira também passou ser ventilado com mais frequência para concorrer ao Planalto. Em agosto, seu partido, o Cidadania, anunciou sua pré-candidatura à Presidência.

Em setembro, Tebet e Vieira participaram de uma manifestação organizada pelo MBL na Avenida Paulista e fizeram discursos duros, voltados para 2022.

O protesto, no entanto, foi um fiasco e reuniu muito menos pessoas do que o esperado. Mas o brilho de ambos não foi empanado por causa disso.

Em novembro, o MDB lançou a pré-candidatura de Tebet a Presidência. O nome não era unânime no partido.

Eliziane Gama, por sua vez, teve o nome sugerido para ser a vice de Sergio Moro.

Esportes

Já era! Luan deixa o Vitória após 6 jogos e 188 minutos

19.04.2024 22:00 2 minutos de leitura
Visualizar

Salgueiro anuncia enredo espiritual para Carnaval 2025

Visualizar

Santos vai aposentar camisa 10 na série B em homenagem a Pelé

Visualizar

Surto de gripe aviária em rebanhos nos EUA

Visualizar

Nova regra exige 50% de presencial para formação de professores EAD

Visualizar

Coreia do Norte testa novos mísseis

Visualizar

Tags relacionadas

Alessandro Vieira comissão CPI da Covid Eliziane Gama Independentes da CPI retrospectiva Retrospectiva 2021 senadores Simone Tebet terceira via
< Notícia Anterior

O desastre da Justiça criminal brasileira

28.12.2021 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Chuvas na Bahia: deputados dizem que recursos liberados por Bolsonaro serão insuficientes

28.12.2021 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

O Antagonista é um dos principais sites jornalísticos de informação e análise sobre política do Brasil. Sua equipe é composta por jornalistas profissionais, empenhados na divulgação de fatos de interesse público devidamente verificados e no combate às fake news.

Suas redes

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Salgueiro anuncia enredo espiritual para Carnaval 2025

Salgueiro anuncia enredo espiritual para Carnaval 2025

19.04.2024 21:35 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Nova regra exige 50% de presencial para formação de professores EAD

Nova regra exige 50% de presencial para formação de professores EAD

19.04.2024 21:25 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Ataque hacker desfigura site da prefeitura de Porto Alegre

Ataque hacker desfigura site da prefeitura de Porto Alegre

19.04.2024 20:37 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Defensoria quer tirar R$ 1 bilhão de Musk

Defensoria quer tirar R$ 1 bilhão de Musk

19.04.2024 20:27 3 minutos de leitura
Visualizar notícia

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.