Michel Temer pode apoiar até Luciano Huck.

Quem admitiu essa hipótese foi Eliseu Padilha.

Leia um trecho de sua entrevista ao Estadão:

É possível Huck ser um candidato apoiado pelo governo? 

Eu não digo que não. Ele não é um político tradicional, não sei qual a composição que ele vai tentar buscar para sua rede de proteção e apoio. O que o presidente coloca é que o candidato seja defensor do legado e da continuidade dos programas que nós implantamos. Se ele aderir a esta tese, por que não?

E como o senhor avalia Huck como candidato?

É um nome popular, é um homem popular. É um outsider. Vem de fora para o processo político. Então, tem que esperar mais um pouco para ver. Ele vai ter que ter uma malha de aliança de sustentação porque hoje não se consegue governar o Brasil sem a ideia de governo de coalizão.

A proposta de Eliseu Padilha é clara.

Ele sabe que Armínio Fraga, o ministro da economia de Luciano Huck, já defendeu publicamente as medidas tomadas pelo governo e até ajudou a indicar um ou dois nomes da equipe de Henrique Meirelles.

Ele sabe também que seu partido, o MDB, vai aderir a qualquer governo.

O único ponto obscuro da proposta – e que ninguém vai negociar às claras – é a Lava Jato. E é, evidentemente, a única coisa que importa para Michel Temer e sua turma.