

O chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19, defendido pelo governo federal, é “ineficaz, não é isento de efeitos colaterais e, portanto, não deve ser recomendado”.
A avaliação é do novo presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, em entrevista exclusiva à Crusoé.
“Devemos respeitar a autonomia dos profissionais sempre. Mas a autonomia dos médicos não lhes dá o direito de receitar fármacos que não são eficazes e ainda têm potenciais eventos adversos”, disse o médico à revista.
Fernandes também criticou o defunto TrateCov, aplicativo do Ministério da Saúde já retirado do ar.
“[E]sse TrateCov foi um aplicativo infeliz. Tanto é que o CFM, e faço aqui um tributo a essa postura, recomendou que o Ministério da Saúde o retirasse do ar. Ele induzia a erro”.
LEIA AQUI a entrevista completa, somente na Crusoé desta semana.
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