Marcelo Ramos, o primeiro vice-presidente da Câmara, disse a Bela Megale em O Globo esperar que as falas de Marcelo Queiroga sobre “rezar a mesma cartilha” de Eduardo Pazuello e dar continuidade a seu trabalho sejam “apenas retórica”.

“Se for para ter continuidade, não precisava mudar, já que nem Bolsonaro queria trocar e nem Pazuello queria sair. Em segundo lugar, como vai ter continuidade de uma política em que morrem 3.000 pessoas por dia?”

Ramos, que ontem mesmo disse torcer para que o novo ministro da Saúde dê certo no cargo, afirmou que Queiroga só terá a confiança do Congresso se apresentar e cumprir um calendário de vacinação.

“No [calendário] do Pazuello ninguém confia. A confiança do Congresso no Queiroga terá relação direta com a capacidade dele de cumprir esse calendário, com número de doses e cronograma de distribuição para os estados.”

O vice-presidente da Câmara é do PL amazonense. Ou seja, a fala é mais um recado do Centrão ao governo Bolsonaro.