Em 2017, a sala 1301 de um prédio comercial de Brasília foi posta à venda. O valor declarado do negócio: 235 mil reais, pagos em dinheiro vivo. Os compradores foram Jorge Francisco, Jorge Antônio de Oliveira Francisco e Pedro Cesar Nunes Ferreira Marques de Sousa.

Jorge Francisco, àquela altura, era o chefe de gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. Jorge Antônio, o Jorginho, filho dele, era o chefe de gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro. Pedro Cesar, amigo de ambos, era assessor de Jair Bolsonaro.

Jorginho é hoje o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

À boca miúda, a sala passou a ser conhecida por alguns dos vizinhos como o bunker secreto dos filhos de Bolsonaro, como mostra a Crusoé desta semana.

Inicialmente, o ministro disse não saber se os filhos do presidente Jair Bolsonaro usaram a sala. Depois, afirmou: “Na verdade, o que eu me recordo, é que em uma oportunidade eu fui lá com o Eduardo. Não sei se o Flávio ou o Carluxo foram com o Pedro. Não me recordo, não posso precisar. Eu me lembro de uma oportunidade em que fui com o Eduardo lá”.

Jorge Oliveira também disse que esteve na sala com Eduardo Bolsonaro para um “papo mais reservado” quando ainda era chefe de gabinete do deputado na Câmara.

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