Agamenon: "Ora, Balas!" Agamenon: "Ora, Balas!"
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Agamenon: “Ora, Balas!”

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 14.05.2019 06:53 comentários
Cultura

Agamenon: “Ora, Balas!”

O país está no meio de um fogo cruzado! É bala perdida pra tudo quanto é lado. É um conflito generalizado! Só nesta semana, olavistas radicais de direita trocaram fogo com as Forças Armadas!...

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 14.05.2019 06:53 comentários 0

O país está no meio de um fogo cruzado! É bala perdida pra tudo quanto é lado. É um conflito generalizado! Só nesta semana, olavistas radicais de direita trocaram fogo com as Forças Armadas! Os olavominions garantem que o nosso Exército, a Marinha e a Aeronáutica são um bando de comunistas e estão sabotando o governo Jair Bolsossauro. Sabotar o quê? Para se sabotar alguma coisa ela tem que existir primeiro, certo?

O que acontece é que o “filhósofo” EuNãoLavo OmeuCarvalho está confundindo o Exército Vermelho com o Exército NO Vermelho, que é o verdadeiro estado de penúria em que se encontram os nossos soldados. A tropa não tem grana nem pra comprar bala Juquinha, que dirá as balas de chumbo grosso que o Bolsonaro liberou.

Pois é, com essa onda armamentista agora todo mundo vai poder andar armado, até os jornalistas! Na minha modesta opinião, essa medida já deveria ser tomada faz tempo porque nós, periodistas de imprensa, temos que lidar todo dia com políticos, autoridades e outras criaturas de alta periculosidade.

Sou um pacifista de grosso calibre, 45 carga dupla e, por isso mesmo, morro de medo de levar um tiro no meio dos cornos. Outro dia, um bolsonarista manso me pegou na cama com a mulher dele. A esposa dele estava justamente me dando uma entrevista no meu microfone avantajado quando o sujeito invadiu o quarto aos berros me chamando de comunista. Ora, se alguém estava socializando alguma coisa não era eu: era a patroa dele.

O sujeito, injuriado com aquele flagrante de adultério, puxou o revólver e começou a gritar: “Eu mato! Eu mato!”. Foi aí que eu descobri um novo espécime da fauna bolsonarista: o Corno do Mato.

Só me salvei porque garanti ao chifrudo que não era de esquerda e que o comunista de verdade estava escondido debaixo da cama. Enquanto o bolsolavista procurava o marxista debaixo do leito, peguei a minha roupa e fugi.

Mas o armamentismo está em tudo que é canto. Os filhos do Bolsossauro ou convivem com milicianos ou estão no Twitter xingando alguém insuflados pelo filósofo polígamo EuNãolavo Meucarvalho, que inspirou o presidento na sua campanha de inclusão sexual “Homens brasileiros, lavem as suas pistolas!”.

O Congresso Nacional também não quer ficar fora do tiroteio e continua respondendo com chumbo grosso às propostas do governo. Principalmente se vierem do juiz Sério Moro ou do Paulo Guedes. O conceituado economista, armado de bons argumentos, não leva desaforo pra casa e manda bala na oposição. O Moro e o Guedes estão sendo usados como bucha de canhão, e o que é pior: o canhão é a Jandira Feghali!

E no Judiciário não vai nada? Claro que vai! Tem gente que quer botar todo mundo na cadeia. Tem gente que quer soltar todo mundo da cadeia. E o STF acaba de confirmar o “insulto” de Natal que foi decretado pelo ex-presidente Michê Temer, que, aliás, mostrou ser um presidiário de alta rotatividade. Tremer está guardado num caixão de segurança da PF em São Paulo, cercado por vários dentes de alho e sem precisar tomar banho de sol.

Agamenon Mendes Pedreira é jornalista e é armado, quer dizer, amado pelo povão

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