Líderes partidários têm recebido ligações de auxiliares de Paulo Guedes para agendar uma reunião em torno da reforma tributária na próxima semana.
O ministro tem tomado as rédeas na articulação política da proposta. Só nesta semana, Guedes se reuniu com Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e dois caciques do Centrão –Arthur Lira e Wellington Roberto– para discutir o assunto.
O principal desafio de Guedes é conseguir apoio suficiente para o Congresso aprovar a criação de uma nova CPMF. A ideia é taxar transações financeiras, com alíquota entre 0,2% e 0,4%, para desonerar a folha de pagamento.
O Antagonista apurou que, por ora, o Centrão está dividido.
Maia, em gesto de pacificação, almoçou com Guedes na quarta-feira (15), como registramos. No encontrou, não se falou em nova CPMF. E depois, no Twitter, o presidente da Câmara escreveu: “Não há espaço para debater uma nova CPMF. Nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos, independentemente de qual seja.”
Arthur Lira, líder do PP, tem dito nos bastidores que o imposto sobre transações financeiras, com alíquota baixa, não seria difícil de ser aprovado. Já outras siglas do Centrão, como Republicanos e PL, têm as bancada mais divididas.
“A princípio, o sentimento de todos nós é contra a gente aumentar impostos, mas vale fazer uma discussão mais profunda. A leitura é que esse modelo de imposto é até justo. Antes, tinham as transações de cheques, de operações. Quer queria, quer não, o mundo mudou. Agora, pagamos pelo celular, computador. É até admissível [aprovar a nova CPMF], se desonerar outro imposto na mesma proporção. Esse debate é possível”, disse um deputado do Centrão a O Antagonista.
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