Contas públicas têm rombo histórico, e política gera incerteza para 2021 Contas públicas têm rombo histórico, e política gera incerteza para 2021
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Contas públicas têm rombo histórico, e política gera incerteza para 2021

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3 minutos de leitura 30.10.2020 18:12 comentários
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Contas públicas têm rombo histórico, e política gera incerteza para 2021

O mês de outubro se encerra com números preocupantes para a economia brasileira e incertezas sobre o Orçamento de 2021...

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Contas públicas têm rombo histórico, e política gera incerteza para 2021
Foto: Adriano Machado/CRUSOE

O mês de outubro se encerra com números preocupantes para a economia brasileira e incertezas sobre o Orçamento de 2021.

Como mostramos, o Banco Central divulgou hoje que a dívida pública brasileira superou 90% do PIB. O endividamento soma R$ 6,5 trilhões –maior valor desde 2006, quando se iniciou a série histórica.

O patamar foi alcançado após as contas públicas registrarem um rombo recorde em setembro: R$ 64,5 bilhões. O valor leva em conta os caixas do governo federal, estadual, municipal e das estatais e é o pior resultado para o mês desde 2001, no início da série.

O Tesouro Nacional anunciou há pouco que a dívida pública brasileira deve superar 100% do PIB em 2025. “O impacto da pandemia sobre o déficit primário, bem como sobre a atividade econômica no ano de 2020, mudou o patamar de endividamento esperado para a próxima década”, destaca documento do órgão.

Já o Ministério da Economia calculou em R$ 76,2 bilhões o déficit primário do governo federal em setembro –o pior resultado desde o início da série história, em 1997.

Os números, claro, são afetados pelo esforço fiscal do governo para combater a pandemia da Covid-19. Até hoje, R$ 615 bilhões foram gastos para mitigar os efeitos da crise, segundo a Economia.

O IBGE também divulgou nesta semana que a taxa de desemprego chegou a 14,4% no trimestre encerrado em agosto. O número representa 13,8 milhões de pessoas sem emprego, o pior cenário desde 2012, quando o instituto começou a Pnac Contínua.

Diante das incertezas, o dólar chegou a bater R$ 5,80 nesta manhã e o Ibovespa, às 17h40, caía 2,7%, com 93 mil pontos.

O único resultado positivo da semana foi o Caged, que mostrou que 313 mil novos postos de trabalho com carteira assinada foram abertos em setembro –o melhor resultado para o mês desde 2010.

Além do cenário de crise, impulsionado pela pandemia da Covid-19, os ataques de Paulo Guedes a Rogério Marinho e à Febraban ontem, em audiência no Congresso, repercutiram mal.

O Antagonista apurou que, no Planalto, as críticas foram consideradas “desnecessárias” e criam uma nova crise no governo, após Ricardo Salles e Luiz Eduardo Ramos sinalizarem publicamente uma bandeira branca na guerra entre as alas militar e ideológica do governo.

Em meio à crise fiscal, o governo terá, na próxima semana, uma série de votações importantes no Congresso. Na terça-feira (3), o Senado votará os projetos que dão autonomia ao Banco Central e permitem depósitos voluntários na autoridade monetária.

Há ainda a possibilidade de entrarem na pauta as propostas para a lei de falência e o novo marco do gás natural. E, com a batalha em torno da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o governo está receoso com a possibilidade de encerrar o ano sem aprovar o Orçamento de 2021.

Na quarta (4), está marcada uma sessão do Congresso para analisar vetos de Jair Bolsonaro. O principal refere-se à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia até o fim de 2021.

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