Paulo Guedes afirmou que o governo tem a obrigação de vacinar os 38 milhões de beneficiários do auxílio emergencial “nos próximos três, quatro meses, para que possam ter um retorno seguro ao trabalho”. Disse, no entanto que, mesmo com o coronavoucher, essas pessoas precisam sair de casa para trabalhar.

“Particularmente esses mais vulneráveis não podem ficar em casa, no isolamento social, tendo sua sobrevivência garantida. Mesmo agora a gente fornecendo auxílio emergencial, são as famílias mais frágeis, têm às vezes 8, 9, 10 pessoas em habitações que muitas vezes têm só um cômodo e são pessoas que querem trabalhar e precisam trabalhar, eles pedem para trabalhar”, disse, durante uma transmissão ao vivo com o secretário da Receita, José Tostes Neto.

O ministro apontou uma “assimetria de informação” entre pessoas de classe alta e média, que, segundo ele, toleram melhor o distanciamento social, de pessoas das classes baixas, onde “há um desejo desesperado pelo trabalho”.

“Então, mesmo com a cobertura que vamos estender, mais do que nunca, temos que evitar a crueldade do dilema que é: ou fica em casa com dificuldades para manutenção da sua sobrevivência pessoal ou vão sair arriscado a perderem a vida pelo Covid. Então, a vacinação em massa tem que ser acelerada ao máximo para garantir a chance de sobrevivência e o retorno seguro ao trabalho, principalmente para as camadas mais vulneráveis.”