Guedes: “Preferem pagar o precatório e ficar sem a vacina?”
Ao defender novamente PEC apresentada pelo governo para parcelar precatórios, Paulo Guedes disse que o rombo no Orçamento pode atrapalhar a compra de vacinas. O ministro fez o alerta durante audiência da Comissão Temporária da Covid no Senado nesta quinta-feira (26), ao comentar um estudo realizado pela IFI (Instituição Fiscal Independente), ligada à Casa, que diz que a proposta do Planalto burla o teto de gastos e cria um Orçamento paralelo...
Ao defender novamente PEC apresentada pelo governo para parcelar precatórios, Paulo Guedes disse que o rombo no Orçamento pode atrapalhar a compra de vacinas. O ministro fez o alerta durante audiência da Comissão Temporária da Covid no Senado nesta quinta-feira (26), ao comentar um estudo realizado pela IFI (Instituição Fiscal Independente), ligada à Casa, que diz que a proposta do Planalto burla o teto de gastos e cria um Orçamento paralelo.
“Se entrarem os precatórios, não há dinheiro para expandir as vacinas. Será que o jovem lá do IFI [Felipe Salto, diretor-executivo do instituto] sabe disso? Ele prefere pagar o precatório e ficar sem a vacina? Eu acho que os senadores, se estivessem bem assessorados, estariam bem informados disso”
Após ser repreendido pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), Guedes disse que a fala era pontual, e não “sistêmica”.
“Eu me referi mais a esse período recente. Natural que com os esforços dirigidos para a CPI, está havendo um certo atraso na pauta de reformas”, afirmou o ministro, que durante a sessão elogiou o presidente da Câmara, Arthur Lira, que, segundo ele, tem atuado “em altíssima velocidade e ajudado o Brasil a sair do buraco.”
Em julho, o Ministério da Economia foi informado pelo Judiciário que o governo terá que pagar R$ 89 bilhões em precatórios em 2022. A PEC enviado pelo governo ao Congresso estabelece o parcelamento em dez anos de todos os precatórios com valor superior a R$ 66 milhões. Ela também cria uma regra temporária para parcelar débitos sempre que o valor desses passivos superar 2,6% da receita líquida.
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