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100 dias do governo Biden

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4 minutos de leitura 30.04.2021 19:13 comentários
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100 dias do governo Biden

O governo Joe Biden completa 100 dias nesta sexta (30). Ele tomou posse em 20 de janeiro. Há controvérsias sobre a utilidade do conceito hoje em dia. O presidente Frankin Roosevelt...

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100 dias do governo Biden
Foto: Official White House Photo by Adam Schultz

O governo Joe Biden completa 100 dias nesta sexta (30). Ele tomou posse em 20 de janeiro.

Há controvérsias sobre a utilidade do conceito hoje em dia. O presidente Frankin Roosevelt (1933-1945) foi o primeiro a falar nos ‘100 dias’, como forma de apresentar seu esforço para tirar o país da Grande Depressão. Ele vivia em outro mundo, com maiorias folgadas nas duas casas do Congresso e sem a polarização partidária que existe hoje.

Como registra Andrew Prokop na revista Vox, as conquistas mais importantes dos presidentes recentes não se deram nos primeiros 100 dias. A reforma de saúde de Obama foi aprovada em março de 2010, quando ele tinha 14 meses no cargo. Trump assinou sua reforma tributária em dezembro de 2017, prestes a completar um ano na Casa Branca.

Não obstante, o próprio Biden deixou claro que a marca dos 100 dias é importante para ele.

Em dezembro, já eleito mas antes de tomar posse, Biden anunciou a meta de aplicar 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid nos primeiros 100 dias de sua administração. Ele atingiu a meta, dobrou e atingiu de novo. Pelos dados do CDC hoje, os Estados Unidos já aplicaram 240 milhões de doses de vacinas, cerca de 17,5 milhões durante o governo Trump. Mais de 101 milhões de americanos, quase um terço da população, estão plenamente imunizados.

Além disso, Biden fez seu primeiro discurso ao Congresso nesta quarta (28), e usou do tema dos 100 dias: “Agora, depois de apenas 100 dias, posso relatar à nação: a América está andando de novo”, disse, a um plenário ainda esvaziado por causa da pandemia.

E o que Biden tem a mostrar nesses primeiros 100 dias, além da vacinação? A medida mais impactante, certamente, é o “plano de resgate” de US$ 1,9 trilhão, nome do pacote de estímulo econômico aprovado para mitigar os impactos da pandemia.

O projeto foi aprovado, em março, apenas por causa da apertada maioria democrata na Câmara, e foi necessária a intervenção da vice-presidente Kamala Harris, com seu voto de minerva, para dar início à reconciliação dos textos aprovados nas duas casas.

Ou seja: a vitória mais importante para o governo Biden, como já mostramos, aconteceu antes de ele tomar posse: foi a conquista das duas cadeiras da Geórgia no Senado. Sem elas, o governo mancaria como o de Obama no fim do segundo mandato.

O item mais famoso do pacote é um ‘coronavoucher’ de até US$ 1,4 mil, mas ele também inclui dinheiro para seguro-desemprego, empresas, escolas e moradia. Presidentes de grandes empresas, como Google, Intel e AT&T, apoiaram a legislação, e até alguns prefeitos republicanos. Mesmo assim, o projeto não teve um só voto da oposição no Congresso, nem mesmo de um tal de Mitt Romney que já votou pelo impeachment de Trump.

Biden continuará com sua agenda econômica à esquerda no espectro político americano. “A classe média construiu o país, e os sindicatos construíram a classe média”, disse, no discurso ao Congresso. Ele pediu aos parlamentares que aumentem o salário mínimo para US$ 15 por hora, bandeira que os republicanos não engolem. Desde 2009, o salário mínimo federal é de US$ 7,25 por hora.

Para nós aqui do Brasil, o que mais interessa é a relação com o país de Bolsonaro, chamado por Biden de ‘Boldesero’ durante a campanha eleitoral.

Em outra ocasião, em debate com Trump, Biden prometeu juntar-se a países aliados e oferecer US$ 20 bilhões ao Brasil para interromper o desmatamento. Essa promessa ainda não foi cumprida, mas na Cúpula de Líderes sobre o Clima, na semana passada, o presidente americano anunciou 5% disso: um programa de US$ 1 bilhão para financiar a proteção das florestas tropicais e a redução do desmatamento. O Brasil ainda precisa aderir.

Um dos atos de Biden em seus primeiros 100 dias foi escrever uma carta a ‘Boldesero’.

A Secom revelou a existência dessa carta em 18 de março, um dia depois de o ex-presidiário Lula dar entrevista à CNN internacional. Na carta, Biden pede a Bolsonaro: “Esperamos ver compromissos de seu governo no aumento da ambição climática em antecipação da Cúpula dos Líderes do Clima”.

Quando divulgou a carta, a Secom omitiu esse trecho.

Outra promessa ansiosamente aguardada não só pelo Brasil, mas pelo mundo, é a distribuição de vacinas. Nesta terça (27), Biden confirmou sua intenção de enviar vacinas – para a Índia. Ele disse ter conversado sobre o assunto com o primeiro-ministro Narendra Modi.

Apesar dos apelos de Marcelo Queiroga, não consta ainda que Biden tenha falado sobre vacinas com ‘Boldesero’.

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