Covid-19: aumentam as desconfianças (e tensões) no Ocidente em relação à China Covid-19: aumentam as desconfianças (e tensões) no Ocidente em relação à China
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Covid-19: aumentam as desconfianças (e tensões) no Ocidente em relação à China

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4 minutos de leitura 17.04.2020 15:54 comentários
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Covid-19: aumentam as desconfianças (e tensões) no Ocidente em relação à China

As desconfianças em relação à China só fazem aumentar nas potências ocidentais afetadas pela pandemia de Covid-19. Depois que a China comunicou a revisão das cifras de mortes em Wuhan, epicentro original da propagação do novo coronavírus, levando a que o número total de óbitos subisse para 4.632 (1.290 a mais), Donald Trump reagiu...

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Covid-19: aumentam as desconfianças (e tensões) no Ocidente em relação à China
Wuhan

As desconfianças em relação à China só fazem aumentar nas potências ocidentais afetadas pela pandemia de Covid-19.

Depois que a China comunicou a revisão das cifras de mortes em Wuhan, epicentro original da propagação do novo coronavírus, levando a que o número total de óbitos subisse para 4.632 (1.290 a mais), Donald Trump reagiu: “A China acaba de anunciar a duplicação do número de mortes causadas pelo inimigo invisível. Mas é bem maior do que esse e bem maior do que nos Estados Unidos!”

O virologista Anthony Fauci, principal conselheiro científico de Trump, declarou: “Acho que qualquer um de nós que lida com isso nos últimos meses não se sente confiante sobre quantas mortes realmente ocorreram na China.”

O presidente francês Emmanuel Macron já havia dito que “claramente ocorreram coisas sobre as quais não sabemos”, e o Reino Unido advertiu a China para a necessidade de responder a “questões difíceis” sobre o aparecimento do vírus.

A suspeita é que o novo coronavírus não tenha se propagado a partir do famoso mercado de Wuhan, onde animais eram vendidos vivos, mas do laboratório de pesquisas sobre coronavírus transmitidos por morcegos, do Instituto de Virologia da cidade. O novo coronavírus, segundo a Fox News, seria mesmo de origem natural e teria “vazado” acidentalmente do laboratório, por falha nos protocolos de segurança. De acordo com o jornal The Washington Post, a embaixada dos Estados Unidos em Pequim já havia recebido, dois anos atrás, um alerta de que havia falhas de segurança no laboratório em Wuhan.

Até a origem natural do novo coronavírus voltou a ser posta em dúvida, para deleite dos conspiracionistas. O virologista Luc Montagnier, que recebeu o Nobel de Medicina de 2008, pela descoberta do HIV, afirmou em entrevista ao site Porquoi Docteur que a história de que a transmissão do novo coronavírus originou-se no mercado de Wuhan é um “conto da carochinha” e que o genoma completo do vírus mostraria sequências do HIV — com isso, os chineses estariam tentando criar uma vacina contra a Aids. Essa hipótese já havia sido levantada por pesquisadores indianos que foram obrigados a retratar-se. “É o trabalho de um aprendiz de feiticeiro”, disse o virologista francês ao Pourquoi Docteur. Apesar do Nobel, Montagnier não é levado mais a sério pela comunidade científica internacional, com a qual se envolveu em vários polêmicas, como quando atacou as vacinas ou defendeu que a água tem “memória”. Há quem duvide até mesmo da sua real participação na descoberta do HIV.

A China reagiu à suspeita de “vazamento” do novo coronavírus, afirmando que “numerosos especialistas reputados no mundo estimam que a hipótese não tem nenhuma base científica.”

A atividade chinesa de contrainformação também incomoda. Neste dia 15, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian convocou o embaixador da China em Paris, Lu Shaye, por causa de postagens no site oficial da embaixada chinesa. Nelas, um autor anônimo escreveu, entre outras delicadezas, que “a OMS é alvo de um verdadeiro cerco da parte dos países ocidentais, alguns até mesmo lançam ataques ad hominen contra o seu diretor-geral, o doutor Tedros Adhanom Gebreyeus. As autoridades de Taiwan, apoiadas por mais de 80 parlamentares franceses numa declaração assinada, até usaram a palavra ‘negro’ para atacá-lo. Ainda não entendo o que poderia ter passado pela cabeça de todos esses representantes franceses eleitos.”

O documento assinado por parlamentares franceses é um apelo pela admissão de Taiwan na OMS, não faz qualquer alusão a Tedros Adhanom Gebreyeus, amigão de Pequim, e muito menos usa a palavra “negro”.

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