Em artigo escrito para o Washington Post, os dez ex-ministros da Defesa dos Estados Unidos que ainda estão vivos defenderam uma transição pacífica de poder entre Donald Trump e Joe Biden.

No texto, afirmam que as eleições americanas e as transições pacíficas “são marcas registradas de nossa democracia”.

“Com uma exceção única e trágica que custou a vida de mais americanos do que todas as nossas guerras juntas, os Estados Unidos tiveram um registro ininterrupto dessas transições desde 1789, incluindo os tempos de conflito partidário, guerra, epidemias e depressão econômica. Este ano não pode ser exceção.”

Dizem ainda que as eleições presidenciais de 2020, contestadas por Trump, ocorreram como deveriam: “recontagens e auditorias foram feitas. As objeções foram resolvidas pelos tribunais. Os governadores atestaram os resultados. E o colégio eleitoral votou. O tempo de questionar os resultados já passou; chegou o momento da contagem formal dos votos do colégio eleitoral, prevista na Constituição e no estatuto.”

Afirmam que a incerteza no exterior sobre a política americana pode fazer com que os EUA fiquem vulneráveis “às ações de adversários que buscam tirar proveito da situação.”

“Diante desses fatores, especialmente em um momento em que as forças dos EUA estão engajadas em operações por todo o mundo, é ainda mais imperativo que a transição no Departamento de Defesa seja realizada de maneira plena, cooperativa e transparente.”

O artigo é assinado pelos ex-ministros da Defesa Ashton Carter, Dick Cheney, William Cohen, Mark Esper, Robert Gates, Chuck Hagel, James Mattis, Leon Panetta, William Perry e Donald Rumsfeld.