"Terrorista, não mártir. O fim de uma mentira" "Terrorista, não mártir. O fim de uma mentira"
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“Terrorista, não mártir. O fim de uma mentira”

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 14.01.2019 07:53 comentários
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“Terrorista, não mártir. O fim de uma mentira”

No Corriere della Sera, o jornalista Pierluigi Battista escreve sobre o fim da mentira criada em torno da figura de Cesare Battisti, "um terrorista, não um mártir". Leia o trecho que destacamos: "A captura e a extradição do fugitivo Cesare Battisti coloca um ponto final na lenda que alterou a verdade e transformou em mártir da liberdade, em escritor perseguido pela opressão do Estado italiano, um terrorista dos Proletários Armados pelo Comunismo (Pac)...

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“Terrorista, não mártir. O fim de uma mentira”
Foto: Marcello Casal/Arquivo Agência Brasil

No Corriere della Sera, o jornalista Pierluigi Battista escreve sobre o fim da mentira criada em torno da figura de Cesare Battisti, “um terrorista, não um mártir”.

Leia o trecho que destacamos:

“A captura e a extradição do fugitivo Cesare Battisti coloca um ponto final na lenda que alterou a verdade e transformou em mártir da liberdade, em escritor perseguido pela opressão do Estado italiano, um terrorista dos Proletários Armados pelo Comunismo (Pac), que, segundo as sentenças dos tribunais italianos, assassinou em 1978 pelas costas o policial Antonio Santoro, e depois, em 1979, o agente Andrea Campagna, atingido na cabeça, e no mesmo ano (materialmente) o açougueiro Lino Sabbadin e (organizacionalmente) o joalheiro Pier Luigi Torregiani, assassinados por vingança porque haviam reagido a roubos para financiar os Pac. A prisão e a entrega de Battisti à Justiça italiana não é uma vingança com sinal trocado: o Estado de Direito não prevê e não admite vinganças. Mas é a reparação de um erro, o princípio de que um assassino serial deve cumprir pena como todos os outros cidadãos pegos pela Justiça que não têm a possibilidade de mobilizar anfitriões internacionais capazes de justificar e enobrecer proezas criminosas.

Esquecendo cinicamente o sofrimento das vítimas de Battisti, uma falange falante de intelectuais franceses, apoiados por intelectuais italianos atordoados pelo ópio ideológico, e infelizmente com o suporte do preconceito “inocentista” da Anistia Internacional, antes inimiga dos abusos verdadeiros que se consumiam no mundo, começou a martelar a opinião pública com um campanha diversionista na qual o pedido de extradição da Itália vinha equiparado à prepotência de uma tirania que queria meter as garras num livre pensador. A corporação de escritores mobilizou a defesa do colega “escritor”. Foi divulgada a fake news segundo a qual o réu Battisti não teria gozado de todas as garantias que o Estado de Direito considera intocáveis no exercício da defesa: uma mentira. O próprio Estado italiano foi pintado como uma máquina opressiva que, depois de tantos anos de fatos contestados, queria devorar um dissidente. A campanha produziu os seus frutos. Primeiro na França e depois no Brasil, com o status de “refugiado político” (…). Não é a tirania que coloca as mãos sobre um dissidente, mas um Estado democrático que pode fazer um assassino cumprir a pena que lhe foi imposta ao fim de processos regulares, mesmo que à revelia, uma vez que o condenado já havia fugido para o exterior.”

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