Confira as principais reportagens da edição 143 da revista Crusoé
Impeachment na agenda
Na edição desta semana da Crusoé, a revista traz a reportagem mais completa sobre as movimentações nos bastidores de Brasília em torno do impeachment de Jair Bolsonaro. A possibilidade de afastar o presidente, como relata a revista, passou a ser encarada com seriedade. Caiu a ficha de que Bolsonaro faz parte do problema da pandemia, com a sua postura irresponsável e os seus assessores incompetentes, e que talvez o processo de impeachment não possa ser postergado. Já está claro que, devido à falta de qualquer plano nacional de vacinação contra a Covid-19, morrerão mais brasileiros em 2021 do que o imaginado.
Leia um trecho da reportagem:
“Considerado impensável há alguns meses, o afastamento do presidente Jair Bolsonaro começou a entrar no radar de Brasília. Para além do que pode ser observado a olho nu, como as pressões exercidas pelas redes sociais e por esparsas manifestações de rua, já há nos bastidores conversas, cálculos de cenários e até ensaios sobre possíveis soluções e caminhos a serem seguidos caso o plano dê certo e Bolsonaro seja destituído do cargo. Participam das discussões lideranças do Congresso, ex-presidentes da República e até ministros do Supremo Tribunal Federal.
Antes completamente inerte, por considerar que não havia clima político para nem sequer iniciar um debate sobre o impeachment, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, adotou uma postura diferente nos últimos dias. Conversou sobre o assunto com políticos de diversas colorações partidárias e até magistrados. Entre seus interlocutores principais estiveram o ministro Gilmar Mendes, do STF, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, João Doria, e o candidato do MDB à Presidência da Câmara, Baleia Rossi. Aconselhado, Maia passou até a medir o pulso do Senado, na hipótese de um processo de impedimento de Bolsonaro desaguar lá. De Simone Tebet, candidata do MDB ao comando da casa, ouviu que ela jamais se oporia a dar andamento ao processo de impeachment, depois de aprovado na Câmara. “Imagina: o processo é aprovado na Câmara e o Senado presidido por Simone Tebet barra? Não existe essa hipótese”, garante, sob reserva, um interlocutor da senadora.
O tema do impeachment também esteve no cardápio de uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na sexta-feira 15, entre Maia e Doria, que contou ainda com a presença do candidato do MDB à presidência da Câmara, Baleia Rossi. Foi na saída desse encontro que Maia, pela primeira vez publicamente, admitiu a possibilidade da abertura de um processo contra o presidente. “O impeachment de Bolsonaro é um tema que será debatido de forma inevitável pelo Congresso no futuro”, vaticinou.”
Pachequismo em causa própria
Rodrigo Pacheco, favorito para suceder Davi Alcolumbre na presidência do Senado, é mais um exemplar do que há de pior na política brasileira: na essência, ele usa o mandato para defender os próprios negócios.
Vacina para poucos
É louvável que uma parcela dos brasileiros já esteja sendo vacinada. Mas, infelizmente (e apesar do marketing), o país ainda está muito longe de ter doses em quantidade suficiente para atender a todos.
Um presidente para remediar
Joe Biden assume a Casa Branca com uma longa lista de tarefas, que inclui unificar o país, controlar a pandemia e recuperar a economia. A história americana mostra que a missão pode não ser tão difícil quanto parece.
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