Confira as principais reportagens da edição 150 da revista Crusoé

Ele acha que pode apagar a história
Beneficiado por uma espantosa decisão do STF, Lula volta ao jogo político posando de inocente, como se os desvios bilionários do petrolão nunca tivessem existido. Entenda o que vem pela frente
Leia um trecho da reportagem:
Tão logo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, em novembro de 2019, depois de 580 dias preso, dirigentes do PT trocaram a bandeira do “Lula livre” pela campanha “Lula inocente”, com o objetivo explícito de lançá-lo à Presidência da República em 2022. Àquela altura, o sonho petista se via nas mãos de um Supremo Tribunal Federal que ainda tinha certo pudor em minar o combate à corrupção no Brasil. Nesta semana, em uma reviravolta meteórica, a corte deu a Lula as armas que ele tanto queria. Na segunda-feira, 8, o ministro Edson Fachin surpreendeu o mundo político e jurídico ao anular todas as condenações do ex-presidente na Lava Jato, tirando o petista do rol de fichas sujas e devolvendo a ele a chance de voltar a se candidatar. A decisão, extemporânea e estranha, acelerou o movimento que Gilmar Mendes preparava havia dois anos para atingir Sergio Moro, o maior algoz do ex-presidente. Na esteira de Fachin, Gilmar desengavetou o julgamento da suspeição do ex-juiz e carregou seu voto em favor de Lula com uma seleção de mensagens roubadas da força-tarefa do Paraná para atacar os procuradores e desqualificar o magistrado que condenou o petista. Não tardou para que Lula explorasse os fatos com a narrativa que lhe convém. Em um longo discurso na quinta-feira, 10, no qual se portou como rival do presidente Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem, o petista se disse

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