Nesta semana, em minha coluna na Crusoé, eu, Diogo, tratei da expectativa de ser vacinado contra a Covid-19:
“Vou ser vacinado nos primeiros meses de 2021. Antes de mim, idosos, médicos, enfermeiros, professores, policiais, carcereiros. Há 4.444.048 italianos com mais de 80 anos. Eles podem furar a fila, assim como todos aqueles que fazem trabalhos essenciais. Jornalismo nunca foi um trabalho essencial. Mas pensei que o fato de escrever dez posts por dia a respeito de Arthur Lira me colocasse automaticamente numa categoria de risco. Eu estava enganado.
Vou tomar a vacina assim que ela chegar no posto de saúde. Mas tanto faz ser vacinado antes ou depois. O que realmente importa é que 70% das pessoas também se vacinem. Não adianta nada estar imunizado contra a Covid-19 se o resto do rebanho continuar preso no curral. O ministro da Saúde italiano já anunciou que o governo não vai obrigar ninguém a se vacinar. A não ser que, por algum motivo, menos de 70% das pessoas se vacinem. Nesse caso, vai ser na marra, sim. A vacina não vai ser obrigatória – mas vai.”
A coluna prosseguia com uma série de insultos a Jair Bolsonaro – eu o insulto todas as semanas – e terminava da seguinte maneira:
“Os resultados completos da fase 3 dos testes da Coronavac serão encaminhados à Anvisa e, a partir daquele momento, os brasileiros vão entrar oficialmente na fila da vacina. A velocidade dessa fila vai determinar o futuro do Brasil, e não a propaganda nas redes sociais. Faltam 92 horas até lá”
Confiei na tempestividade de João Doria e do Instituto Butantan e acabei quebrando a cara, porque os resultados dos testes atrasaram em uma semana. Ao mesmo tempo, o fabricante da Coronavac, a Sinovac, anunciou que vai pedir o registro da vacina na China, e isso deve atropelar a sabotagem bolsonarista, considerando que a Anvisa chinesa vale mais do que a Anvisa brasileira.
Não tenho a menor dúvida de que isso vai determinar o futuro do Brasil – e também de uma parte do mundo.
Os assinantes da Crusoé poderão acompanhar os fatos de perto, com reportagens exclusivas, porque as vacinas contra a Covid-19 – todas elas – estão no centro da nossa pauta.
A Crusoé vai defender o seu direito de se vacinar. E o seu dever.
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