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O doutor da recém-falecida (e ressuscitada) cloroquina

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3 minutos de leitura 08.07.2020 14:53 comentários
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O doutor da recém-falecida (e ressuscitada) cloroquina

O teste positivo para Covid-19 de Jair Bolsonaro ressuscitou a recém-falecida cloroquina -- ou a sua versão mais branda, a hidroxicloroquina --, morta e enterrada por estudos científicos sérios como panaceia para a doença causada pelo novo coronovírus. Em 27 de março, logo depois de decretada a quarentena em São Paulo, Mario Sabino escreveu um artigo para a Crusoé sobre o primeiro divulgador da substância no Ocidente, o francês Didier Raoult...

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O doutor da recém-falecida (e ressuscitada) cloroquina
Foto: Reprodução

O teste positivo para Covid-19 de Jair Bolsonaro ressuscitou a recém-falecida cloroquina — ou a sua versão mais branda, a hidroxicloroquina –, morta e enterrada por estudos científicos sérios como panaceia para a doença causada pelo novo coronovírus.

Em 27 de março, logo depois de decretada a quarentena em São Paulo, Mario Sabino escreveu um artigo para a Crusoé sobre o primeiro divulgador da substância no Ocidente, o francês Didier Raoult:

“Eu pensava que a cloroquina — prescrita originalmente contra a malária, o lúpus e a artrite reumatoide — havia começado a ser usada na França em pacientes já praticamente desenganados por causa de Covid-19 severa. Fui informado de que não, o medicamento já havia sido utilizado na China. De qualquer forma, a cloroquina que mereceu publicidade de Donald Trump e foi parar no armário de remédios de tantos brasileiros ganhou fama graças a um médico e microbiologista francês chamado Didier Raoult, que exerce as suas artes curativas em Marselha, no sul da França. O dado geográfico é importante, porque se esperava que Marselha produzisse apenas sabão, a sua especialidade. Já seria uma grande contribuição para o combate ao novo coronavírus. Mas eis que esta Nápoles gaulesa também dá a sua libra de carne na forma de tratamento com cloroquina. E por meio de um personagem tão desafiador como a Marselha que, na sua exuberância mediterrânea, causa suspeitas em Paris.

Didier Raoult foi objeto de uma reportagem do jornal Le Monde —à exceção dos seus correspondentes na América Latina, ainda é um bom jornal. Fiquei espantado com a fotografia do sujeito que ilustra a matéria, adepto que sou da recomendação de Oscar Wilde de que só os idiotas não julgam pela aparência. Com 68 anos, ele exibe cabelos compridos e barba grisalhas (cabelos mais para o branco amarelado) de quem não vai ao barbeiro desde o Festival de Woodstock. Na verdade, Didier Raoult mudou de estilo não faz tanto tempo assim. Um jornalista de perguntas certas, que escreveu um livro sobre o hospital universitário do qual o cabeludo é professor e diretor, indagou-lhe o motivo da mudança. Ele sorriu e respondeu: “Porque os irrita.”

Quem se irrita é o pessoal arcaico que faz testes e mais testes antes de colocar uma droga farmacêutica no mercado ou de passar a receitá-la para outra doença que não aquela para a qual ela foi criada.”

Leia o artigo completo aqui (aberto para não assinantes).

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