Diretor do Butantan defende eficácia da Coronavac e descarta terceira dose Diretor do Butantan defende eficácia da Coronavac e descarta terceira dose
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13.04.2021

Diretor do Butantan defende eficácia da Coronavac e descarta terceira dose

O diretor de estudos clínicos do Butantan, Ricardo Palacios, defendeu nesta segunda (12), no Papo Antagonista, a eficácia da Coronavac. No domingo, o instituto enviou os resultados dos testes de fase III da vacina para publicação em revista científica...

diretor de estudos clínicos do Butantan, Ricardo Palacios, defendeu nesta segunda (12), no Papo Antagonista, a eficácia da Coronavac. No domingo (11), o instituto enviou os resultados dos testes de fase III da vacina para publicação em revista científica.

Segundo o estudo, que ainda será avaliado por cientistas independentes, a eficácia da Coronavac em impedir sintomas de Covid foi de 50,7%.

Nos participantes que receberam a 2ª dose menos de 21 dias após a primeira, a eficácia foi de 49,1%, contra 62,3% na “pequena porção” de participantes que receberam a 2ª dose após um intervalo de 21 dias ou mais.

Palácios descartou a aplicação de uma 3ª dose, mas falou da possibilidade de uma dose de reforço anual. As pessoas podem ficar tranquilas, a estimativa é de duas doses, [mas] uma dose de reforço anual é possível”, como acontece com vacinas para outras doenças, com a gripe. Essa necessidade de doses adicionais em pessoas já vacinadas ainda está em estudo.

O diretor também foi questionado sobre o seguinte: sem os participantes que receberam a 2ª dose com intervalo maior, a vacina teria atingido o limiar de 50% de eficácia?

“Essas são questões que na prática têm pouca significância do ponto de vista estatístico. A diferença, o número mágico de 50%, se você vê no artigo, a gente pode ver também que se utilizarmos outros definições de caso, que se fossem utilizadas por outros produtores, definições de casos mais restritivas, a nossa foi muito abrangente, a gente poderia ter publicado 54% como eficácia. Mas a gente se compromete no protocolo de pequisa em colocar a regra do jogo com antecedência, e a gente cumpre com essa regra do jogo”, disse o pesquisador.

“Eu acho que esse tipo de exercício [hipotético] não é muito valioso”, acrescentou.

Em 23 de dezembro, o diretor do Butantan, Dimas Covas, adiou a divulgação dos dados de eficácia da Coronavac, alegando que a Sinovac havia pedido unificação dos dados dos ensaios em diferentes países. No dia seguinte, pesquisadores da Turquia anunciaram uma eficácia de 91%.

Em 7 de janeiro, o governador João Doria disse em coletiva de imprensa que a eficácia da Coronavac seria de 78%. Cinco dias depois, coube a Ricardo Palacios informar que a eficácia real no ensaio clínico tinha sido de 50,38%, número agora revisado para 50,7% no estudo enviado para revista científica.

Assista à entrevista completa com Ricardo Palacios ao Papo Antagonista:

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O diretor de estudos clínicos do Butantan, Ricardo Palacios, defendeu nesta segunda (12), no Papo Antagonista, a eficácia da Coronavac. No domingo, o instituto enviou os resultados dos testes de fase III da vacina para publicação em revista científica...

diretor de estudos clínicos do Butantan, Ricardo Palacios, defendeu nesta segunda (12), no Papo Antagonista, a eficácia da Coronavac. No domingo (11), o instituto enviou os resultados dos testes de fase III da vacina para publicação em revista científica.

Segundo o estudo, que ainda será avaliado por cientistas independentes, a eficácia da Coronavac em impedir sintomas de Covid foi de 50,7%.

Nos participantes que receberam a 2ª dose menos de 21 dias após a primeira, a eficácia foi de 49,1%, contra 62,3% na “pequena porção” de participantes que receberam a 2ª dose após um intervalo de 21 dias ou mais.

Palácios descartou a aplicação de uma 3ª dose, mas falou da possibilidade de uma dose de reforço anual. As pessoas podem ficar tranquilas, a estimativa é de duas doses, [mas] uma dose de reforço anual é possível”, como acontece com vacinas para outras doenças, com a gripe. Essa necessidade de doses adicionais em pessoas já vacinadas ainda está em estudo.

O diretor também foi questionado sobre o seguinte: sem os participantes que receberam a 2ª dose com intervalo maior, a vacina teria atingido o limiar de 50% de eficácia?

“Essas são questões que na prática têm pouca significância do ponto de vista estatístico. A diferença, o número mágico de 50%, se você vê no artigo, a gente pode ver também que se utilizarmos outros definições de caso, que se fossem utilizadas por outros produtores, definições de casos mais restritivas, a nossa foi muito abrangente, a gente poderia ter publicado 54% como eficácia. Mas a gente se compromete no protocolo de pequisa em colocar a regra do jogo com antecedência, e a gente cumpre com essa regra do jogo”, disse o pesquisador.

“Eu acho que esse tipo de exercício [hipotético] não é muito valioso”, acrescentou.

Em 23 de dezembro, o diretor do Butantan, Dimas Covas, adiou a divulgação dos dados de eficácia da Coronavac, alegando que a Sinovac havia pedido unificação dos dados dos ensaios em diferentes países. No dia seguinte, pesquisadores da Turquia anunciaram uma eficácia de 91%.

Em 7 de janeiro, o governador João Doria disse em coletiva de imprensa que a eficácia da Coronavac seria de 78%. Cinco dias depois, coube a Ricardo Palacios informar que a eficácia real no ensaio clínico tinha sido de 50,38%, número agora revisado para 50,7% no estudo enviado para revista científica.

Assista à entrevista completa com Ricardo Palacios ao Papo Antagonista:

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